HOW THE GRINCH (NO CASO EU) STOLE DE CHRISTMAS - UM CONTO DE NATAL

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

 

Disclaimer:

Decidi aproveitar o dia de Natal (estamos em 2024) para trazer a luz esse conto de Natal escrito láaaa em 2018, mas que nunca tive coragem de expor, pois me causava muita dor. Acho que roupa suja se lava em casa, mas - hoje - acredito que temos de dar voz às vitimas de comportamentos abusivos e narcisistas, como eu e muitas outras mundo afora. A errada não sou eu, mas sendo o elo mais fraco, eu que tenho desejos de atentar contra a minha vida. O buraco será bem mais embaixo que a chave que não entrou, mas foquemos no ocorrido. 

Isto, posto, deleitem-se. 

A chave não rodou. 

A porta não se abriu. 

Ninguém entrou em casa. 

Um chaveiro foi necessário. Levando todos os últimos cents destinados ao Natal (na verdade 100 pilas). 

Assim, alguém tinha de ser culpabilizado. 

Veja bem, nesta casa, especificamente, nada ocorre por acaso, por que tinha de acontecer ou pela maldita Lei de Murphy (ou Teoria do Caos, para os mais sabidos). Não senhores! É sempre culpa de alguém e no caso, sempre eu. Porque não ouvi (porra, desculpa ligar o foda-se depois de ouvir um milhão de vezes a mesma merda repetida como um disco riscado), ou não obedeci, afinal tem a sapiência da experiência da vida #SQN (vem não que ainda tenho traumas de você caída no banheiro pelada ou chorando que tava com depressão quando devia cuidar dos filhos), ou sair um milímetro do caralho da coleira (mas pohãn, precisava respirar!, Mas nem isso sou permitida). 

Por não repetir seus gestos e atos justamente por evitar a todo custo ser como você (meu maior desespero), e como sou acompanhada de uma nuvem cinza, a merda sempre me acompanha. Devia ter ficado em casa, penso agora, essa coisa de sociabilizar não é para mim e a vida faz questão de deixar beeeem claro! 

Eu tenho a incrível capacidade de me meter em merdas que nem eu acredito (e olha que tô bem calejada de merdas! De já ter ajudado a escolher caixão antes, ou ainda, até em tiroteio estive esse ano!). Enfim, se Natal já não existia mais para mim, agora matei para todo mundo. Porque né, não basta se desgraçar, tem que levar todo mundo ladeira abaixo.

Quando a porta não abria, só pensava, Deus por favor me leva agora! 

Por que não fiz a porra da PAX? 

Por que não fiz a merda do seguro?

Isto posto, SINTO QUE ALGO MUITO RUIM VAI ACONTECER... 

Não sei se chego ao novo ano. Oremos. Mas a pressão da vida vai ser foda nesses últimos dias de 2018. Oremos. A pena de Maat está pesada pro meu lado (não sei o que ocorre se a pena for mais pesada...). Anúbis me espera e certamente me manda pro hell! 

S-E-M  E-S-C-A-L-A.

Já tô tão acostumada que nem mais questiono. Mas nessas horas pergunto, Deus, não fui boa o suficiente? Não ajudei o bastante para garantir alguma coisa boa? Faltou generosidade? Consideração? Porque sim, não é nato. Calculo a porra dos tijolinhos por bondades porque se depender de sentimentos de generosidade e amor ao próprio, nem perco meu tempo. Porque não existem, só para deixar claro para a geração “inclusão digital”.

Agora se for medir pelos pensamentos, aí sei que tô fudida mesmo! Sem nem julgamento! E só posso aceitar, porque realmente são os piores! 

Anyway, não sei como terminar esse texto que nem para a faculdade dou conta de escrever tanto assim, mas espero que dê tudo certo no final, pois como dizia um ex-chefe meu, se não deu certo ainda é porque não chegou ao final. Sábio homem.

Mas, se nada der certo, nos vemos no hell, quem for para lá obviamente. E espero que não seja você que perdeu 5 minutos da sua vida lendo esse texto que em teoria não seria publicado, mas o que é mais uma merda no mundo né não?