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Textos da Jana: Fim de Tarde. #BEDA

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Mais um texto autoral para a conta! E seguimos no #BEDA! Deleitem-se.

FIM DE TARDE
Uma das coisas que amo desde que tenho lembranças mais remotas são os finais de tarde...

O tempo cálido, mas com pequenas ondas de brisa fresca que toca certas partes de seu corpo e vêm à medida que o sol se põe e a noite se apresenta.

O silencio na casa que te permite ouvir os barulhos da rua. Carros que passam ao longe, pássaros que voltam para as arvores recolhendo-se do dia fora. Um vizinho distante ensaiando acordes no violão. Um cachorro latindo para uma moto.

E você deitado, quieto, ouvindo meio atento, meio sonolento. Daquele sono gostoso que acontece quando o sol está indo embora. Como se o calor e a luz dele levassem também a energia do seu dia.
E fica ali, se esvaindo, ouvindo, sentindo essa brisa que logo vira vento fresco junto com a noite que começa a despontar.

Assim que o sol se põe por completo e a lua passa a reinar no céu, junto com sua corte celestial, a energia volta ao meu corpo. Como se fosse renovada a cada nascer do Sol e nascer da Lua.
E assim sigo me movimentando na vida, seguindo o fluxo dos astros. 


Textos da Jana: Pequenos Prazeres e Pequenos Surtos de Cólera. #BEDA

sábado, 13 de abril de 2019

Mais um para a conta e agora com #polêmica

Não sei como será recebido esse texto, mas é uma descrição real do que acontece comigo. Então apreciem sem moderação e fiquem à vontade para debater a respeito!

PEQUENOS PRAZERES E PEQUENOS SURTOS DE CÓLERA
Decidi falar disso porque tem certas coisas, pequenas ou grandes que me afetam de uma forma sem medidas causando algumas das reações do título.

Antes de começar a elucidar quais seriam esses momentos, acredito que colocar no papel (figurativamente falando, porque hoje escrevemos em dispositivos eletrônicos) para mapear e tentar entender o que causa qual reação e sua dimensão, tem grande valia.

Não tenho certeza sobre a forma, apenas sobre o conteúdo. Pensei em listas, apontamentos, mostrar um pouco de cada lado. E foi assim que acabou ficando. Um pouco de tudo depois de uma catarse mental.

- Ler um texto bem escrito, com uma palavra pouco usada no português no dia a dia, me causa “orgasmos mentais”. Uma sensação gostosa na cabeça como se estivesse explodindo com aqueles fogos de artifícios mais coloridos e bonitos. Sem o barulho, apenas as cores e explosão. Em seguida o corpo entra em um estado de profundo relaxamento, como um júbilo. Um sorriso de abre automaticamente no rosto e me sinto esperançosa em relação à vida.
 Loucura não?

Pensei nisso porque, lendo meus e-mails, tarefa que executo diariamente enquanto meu corpo é preenchido com café e toda sua potência. Abri um da Empiricus, que começa assim: “Sim, eu vou misturar Natal e investimentos. Destarte, rebato as críticas de supostamente estar profanando...”. Foi uma sensação de prazer imediata ao ler apenas essas linhas de um e-mail relativamente longo (se for considerar que as pessoas não têm paciência para ler nos dias de hoje). 

Por outro lado, aliás ao mesmo lado que estava aberto o e-mail, outra aba no computador continha o “zap” que detesto com todas as forças esse termo. E recebo uma mensagem assim: “Eh vários fatores, entao cheio de TD”. Não vou me ater ao conteúdo, mas a sensação que tive em seguida logo após o orgasmo mental!


- Meu estômago revira, como se congelasse. Minha cara fecha, sobrancelha franze como se estivesse com nojo ou irritada. Os dentes cerram. E uma sensação muito ruim percorre todo o corpo que até respirar fica difícil. Quando isso acontece e estou falando com alguém, fecho o WhatsApp, jogo o celular em um canto por um tempo e depois que a sensação ruim passar e conseguir respirar normalmente, retomo.
Não estou querendo dizer com isso que sou a pessoa mais erudita ou letrada da face da terra, mas erros crassos, cometidos por pura preguiça, me doem na alma e me fazem querer fugir para longe de tudo e todos.

O que basicamente me colocaria isolada de uma boa parcela da população!

Por exemplo, eu, quando vejo uma palavra ou termo que nunca vi na vida, ou já vi mas não me recordo do significado, me dá um imenso prazer de percorrer um dicionário ou mesmo o google para saber do que se trata. Me deixa feliz quando é uma coisa nova!
Anoto e colo no meu mural, para me lembrar e quem sabe aplicá-la. Como se sentisse meu cérebro criando novas conexões neurais, expandindo a trama já existente. Alguém ai viu o filme Lucy?
 

Agora, quando ocorre que eu escrevo alguma coisa, com palavras diferentes, ou menos coloquiais e a pessoa vem me perguntar o que é sem demonstrar o mínimo interesse em sequer buscar, para mim é como uma morte lenta da alma. De causar sensação ruim no corpo mesmo!

Pura preguiça!

E isso, me cansa de uma forma que preferiria viver isolada em uma caverna...

Mais alguém assim? Ou estou sozinha no mundo mesmo? 

Outra coisa que queria perguntar é se estão gostando do meu #BEDA?
 

Textos da Jana: Você foi e eu fiquei... #BEDA

terça-feira, 9 de abril de 2019

Tem um lado meu que somente pessoas muito próximas conhece. Que é meu lado "escritora". Sim, entre aspas ('') porque não me sinto segura o suficiente para me apresentar como tal.

E aproveitando esse momento de #BEDA onde tenho exercitado meu comprometimento, a criatividade, e criado pequenas joias nesse processo. O que tem me deixado deveras contente. 

Resolvi abrir os porões da alma e começar a dividir alguns dos meus textos aqui (os publicáveis, claro. Rs)

O primeiro é um dos mais recentes, tem uma estrutura de poesia e se chama:
VOCÊ FOI E EU FIQUEI
 

 Você foi e eu fiquei
Junto com suas meias
Junto com a garrafa de whisky deixada pela metade
Junto com a cama metade vazia...

Você foi e eu fiquei
Só comigo mesma
Só com meu vazio
Só com minha metade

Você foi eu fiquei
Com as lembranças vazias
Com as fotos desgastadas
Com a solidão teimando em rondar

Você foi e eu fiquei
Sem saber quem era eu
Sem saber quem era você
Sem ser mais nós

O para sempre não durou para sempre

Você foi e eu fiquei.


Veja ouvindo: LUMINEERS

Gostaram? 

Mais alguém que escreve ai?

Sobre FOMO e a habilidade de conseguir desplugar nos dias de hoje...

quarta-feira, 16 de março de 2016

Imagem: https://theblueroomblog.org/fight-the-fomo/ 

FOMO, já tinha ouvido esse termo dos lábios da Julia Petit e ontem novamente em um programa dominical. Significa "medo de ficar por fora, perder alguma coisa", ou Fear of Missing Out.
É um fenômeno recente que traduz a forma como nos sentimos - e me incluo nisso - de estar perdendo alguma coisa, deixando passar, faltou atualizar... 
É grupo de família e suas piadas todas iguais no WhatsApp, são grupos de Facebook - devo fazer parte de uns 100 - Twitter, blogs, noticias, tempo, o último meme, aquele bar badalado, fazer checkin nos lugares, avaliar um restaurante, publicar uma foto no face, insta... Isso desde a hora que acorda até o momento de dormir. E dá-lhe uma última conferida no insta e curtidas compulsivas em forma de coração antes de fechar os olhos para amanhã recomeçar, tu-do ou-tra vez!
Faço tudo isso e tenho várias redes sociais também e algumas que me recusei entrar para não ter que administrar mais uma - tô falando de você Snapchat - e as vezes sinto que vi muita coisa e não absorvi nada, pois ao mesmo tempo que temos uma imensidade de informações, analisando friamente, não passamos da segunda página. Vide as pesquisas do Google. 


Tenho sentido isso em casa também, desde família até mensagens de trabalho - ou de alguma vaca, rá! - ao longo da noite, do dia, final de semana e a coisa não para nunca! Como se vivêssemos o tempo todo com o dedo no touch do celular. Não temos onde nos esconder mais quando queremos fugir um pouco do mundo.

Aliás, que senhora evolução! Lembro até hoje - sou uma criança dos anos 80 - quando saiu o primeiro celular pré-pago - o que foi um catalisador - vermelho, Americel, com Regina Casé um um papagaio verde fazendo a propaganda. Alguém recorda?

Depois disso a coisa evoluiu para os smartphones que conhecemos e passou a ter um alcance muito além da meia dúzia de gatos pingados que possuíam celular à época. Operadoras pré e pós pagas foram também as grandes impulsionadoras para chegarmos ao ponto que estamos hoje. 

Basicamente 7 em cada 10 brasileiros têm telefone celular, o que dá 75% da população conectada de alguma forma segundo o IBGE, ou seja temos 1/3 da população vivendo nessa era de rápidas conexões, curtidas desenfreadas e exposições - de si mesmas ou de outros - em que a velocidade que era o empecilho da Era discada, hoje não existe mais. 

E digo mais, é difícil desconectar! O mundo pela tela ou teclado parece infinitamente mais interessante que nosso vazio existencial - se precisar, chamo marido para escrever sobre - em que a alegoria da caverna de Platão vem a calhar.

Quantas vezes não vemos cenas de várias pessoas em uma mesa e ninguém conversa entre si? Vejo isso em sala de aula, na família, com amigos...
Vi na mesma reportagem de domingo que falava que estamos ficando mais burros, pois se antes você precisava ler vários livros para entender sobre um assunto, hoje uma rápida busca no google resolve, sem a necessidade de confirmar se aquela informação é precisa ou foi diluída. A capacidade de raciocínio mais desenvolvido e elaborado está minguando, precisamos de mais frases curtas para entender algo, pois um texto mais longo faz a atenção ir embora. Tenho algumas teorias um tanto quanto polêmicas sobre o assunto também, mas nesse momento não convém discorrer. 

O que quero passar com esse post é que sim, tecnologia é boa, encurta caminhos e tem uma possibilidade quase infinita de usos, mas desplugar de vez em quando é preciso. Desligar o wifi do celular, sair e deixar ele em casa que seja por algumas horas. Afinal se é importante a noticia chega até você. 
Curtir um filme, uma série, um livro, preparar uma receita - que sim, pode ter sido catada na internet - e se divertir um pouco sem estar plugado de alguma forma. 

Vou encerrar com uma pergunta que sempre faço aos meus amigos quando ficam compulsivamente checando o celular: "essas pessoas com quem você fala sem parar pelo whats/face enquanto conversa comigo, quando você as encontra pessoalmente, também as deixa de lado para conversar com outra pessoa diferente pelo celular?" 

Comentem ai.